Entidades do setor produtivo e parlamentares se reuniram para debater sobre a criação de políticas públicas para tentar resolver problema e alavancar crescimento do setor
A falta de mão de obra e principalmente mão de obra qualificada é uma questão que vários setores da economia têm enfrentado, principalmente nos setores ligados à tecnologia. Mas em Mato Grosso, estado com o menor índice de desemprego no país, com apenas 3,8% segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse problema também atinge o campo. Por este motivo deputados estaduais e representantes das entidades do setor agropecuário de Mato Grosso se reuniram na manhã de hoje para debater propostas para alavancar o setor e buscar formas de resolver entraves, como a escassez de mão de obra no setor produtivo.
De acordo com o presidente do Fórum Agro MT, Itamar Canossa o debate com os parlamentares sobre o problema, que tem atingido o setor produtivo no estado, é preocupante, pois é um setor em constante crescimento e responsável por grande parte da economia do estado.
“Trouxemos essa demanda para debater soluções rápidas e efetivas para resolver mais esse gargalo, além é claro de pensar uma maneira de tratar isso no médio e longo prazo. A participação dos deputados mais uma vez é fundamental, são eles que podem fazer essa ponte entre os produtores e a criação de políticas para minimizar essa questão”, pontuou ao finalizar que mesmo com a remuneração atrativa do segmento, faltam profissionais no mercado para trabalhar.
O deputado Diego Guimarães afirmou que esse é um ‘bom’ problema, fruto do trabalho do povo Mato-grossense que transformou o estado na maior potência produtiva do país, e que a implantação de cursos técnicos e profissionalizantes no ensino médio pode ajudar a amenizar o déficit de mão de obra no mercado. “Precisamos incentivar e criar meios para que os jovens tenham a chance de se tornarem profissionais já no ensino médio, que adquiram principalmente o conhecimento necessário para trabalhar de acordo com a vocação econômica da sua região”, pontuou.
O deputado estadual Gilberto Cattani levantou ainda a possibilidade de se estudar a possibilidade de trazer trabalhadores de outras regiões para suprir essa falta de mão de obra, ou flexibilizar e incentivar o ingresso de menores aprendizes no segmento.
Durante o encontro a composição das comissões técnicas da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), como a Comissão de Meio Ambiente e a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) também foram tratados.
Guimarães que é um dos subscritores da FPA na ALMT destacou a aproximação entre o legislativo e o Fórum Agro MT para a criação de políticas públicas voltadas para o setor. “O setor produtivo é a locomotiva de Mato Grosso, e o coração da economia do estado, então discutir de forma responsável e ampla os pontos que podem alavancar o setor ou resolver entraves, são importantes para seguirmos avançando. Discutir sobre produção não é só plantar e colher, é também trabalhar toda a cadeia que cerca esse importante setor”, explicou.
Mesmo entendimento dos deputados Juca do Guaraná e Alberto Machado, o Beto Dois a Um, que destacaram a importância do setor para a economia e desenvolvimento do estado. “O setor da agropecuária é a mola propulsora de Mato Grosso e é fundamental estarmos alinhados para que possamos defender e criar políticas que permitam o pleno desenvolvimento deste setor”, ponderou Beto.
Para o deputado Carlos Avallone, que disputa a sua permanência na presidência da Comissão de Meio Ambiente da ALMT, a união das entidades produtivas e a boa relação entre o legislativo e executivo do estado é fundamental. “O Fórum Agro MT cumpre muito bem esse papel, de unir o setor produtivo e dialogar bem com os poderes as suas demandas. Essa união, com muito conhecimento técnico, tem feito a diferença para as conquistas do setor”, pontuou.
Segundo o deputado Max Russi, a aproximação das entidades que representam o setor é fundamental para que o parlamentar, que representa a população, conheça a fundo qual a necessidade de cada atividade. “É dessa forma que podemos preparar melhor nosso mandato, entender as dificuldades de cada setor e assim poder trabalhar para buscar meios de resolvê-las, essa é a melhor forma de fomentar o setor”, explicou.
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Alberto Miranda, também destacou que o bom relacionamento entre os poderes e as entidades do agronegócio rendeu bons frutos nos últimos anos. “É através do diálogo que se constrói grandes políticas de Estado, e foi isso que aconteceu nos últimos quatro anos, e será feito nos próximos quatro. O Fórum Agro é uma entidade com ideias de alto nível, e tem portas abertas com a ALMT e com o Governo do Estado, e é isso que queremos manter para que o agro seja cada vez mais rentável, sustentável e com mais segurança jurídica aos produtores rurais”, ponderou.